Privação de sono dos bombeiros será estudado pela UFMG e ABM

Início / Notícias Criado em: 24-03-2022 às 10h:37

Os bombeiros trabalham 24 horas ininterruptas nos plantões operacionais. Com o objetivo de pesquisar e diminuir a fadiga desses profissionais, um projeto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Academia de Bombeiros Militar (ABM), vai avaliar os militares realizando uma privação de sono de 36 horas.

O professor pós-doutor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, Marco Túlio de Mello, alunos de mestrado e doutorado, junto com a ABM vão iniciar um projeto de privação de sono de 36 horas com bombeiros dos batalhões especializados do CBMMG (Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres - Bemad e Batalhão de Operações Aéreas - BOA).

A amostra inicial será de 40 militares que serão monitorados a cada 2 horas, no período de 36 horas, na qual os bombeiros deverão ficar acordados sendo monitorados. Alguns dos quesitos de avaliação da pesquisa serão: equilíbrio, atenção e concentração, temperatura cerebral, termografia e qualidade do sono. Vários equipamentos serão utilizados para avaliar os bombeiros, como o actígrafo, semelhante a um relógio de pulso que capta o tempo e qualidade do sono.

Após a realização da avaliação, os professores apresentarão os resultados para a ABM, com o objetivo de mitigar a fadiga e melhorar o sono dos militares. De acordo com o professor Marco Túlio, a longo prazo, a privação de sono, principalmente em trabalhadores que atuam em turnos, traz um comprometimento do sistema imunológico devido à baixa na produção de melatonina.

O professor Marco Túlio também afirma que “além de beneficiar os bombeiros, o estudo tem como objetivos o desenvolvimento de algoritmos e métodos que possam predizer a fadiga”.

No dia 23 de março, foi realizada a segunda reunião de nivelamento do projeto na ABM, na qual foram discutidos os detalhes da execução da pesquisa e contou com a presença da assessora de Assistência à Saúde (AAS), coronel Andreia Geraldo Batista; do comandante do Comando Especializado de Bombeiros (CEB), coronel Sérgio José Ferreira; do comandante da ABM, tenente-coronel Anderson Passos de Souza; militares do BOA e do Bemad e os professores e pesquisadores da UFMG.