A prevenção e a fiscalização foram essenciais para redução de acidentes

Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) foi disponibilizado para o Carnaval de 2025, período em que as férias dos militares foram suspensas. Ao todo, mais de seis mil bombeiros trabalharam em pontos de aglomeração de pessoas, sendo aproximadamente dois mil militares empenhados na RMBH e cerca de 4 mil no interior do estado, promovendo prevenção de acidentes e reduzindo o tempo resposta no atendimento.

Além da suspensão das férias, a mobilização de todo o efetivo disponível da administração da RMBH foi essencial para fortalecer a prestação de serviço, sem gerar impacto no atendimento operacional ordinário. Este contingente foi empregado tanto no carnaval de BH como no interior para ampliar as atividades de prevenção nas festividades e balneários do estado de Minas Gerais.

Durante a coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (6), pelo Governo de Minas, a comandante-geral do CBMMG, coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan, acompanhada do governador Romeu Zema e demais representantes das forças de segurança, falou sobre a atuação dos bombeiros no carnaval. 

"Nos preparamos para fazer um Carnaval ainda melhor em Minas Gerais, e essa preparação envolve a peculiaridade do nosso estado em atender todas as demandas, seja dos foliões, dos blocos, seja do interior, nas cidades históricas, seja dos nossos balneários", destacou a oficial. 

Prevenção e fiscalização garantem folia segura

Na capital mineira, local de maior recepção de público do estado, foram 447 blocos aprovados pelo CBMMG, sendo 89 cancelados (de sábado à terça-feira) pelos próprios organizadores. Para coordenar a segurança de todos blocos, o Batalhão Carnaval, estruturado exclusivamente para gerir esta demanda, promoveu 575 reuniões com organizadores de blocos. O Batalhão também coordenou, em Belo Horizonte, 1393 bombeiros militares empenhados em vistorias, atendimentos emergenciais, coordenação de brigadas e no Posto de Comando da Operação.

Sobre os recursos utilizados em BH, foram empenhadas equipes de intervenção, com viaturas de combate a incêndio, salvamentos e unidades de resgate (ambulâncias), e ainda equipes de vistoria que fiscalizaram blocos de carnaval com público declarado acima de 10 mil foliões. Ao todo, foram realizadas 124 vistorias de segurança contra incêndio e pânico no Carnaval de BH.

Os bombeiros mantiveram equipes de coordenação de brigada contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em blocos com público declarado acima de 50 mil foliões. Houve ainda o empenho efetivo de 499 brigadistas, 58 Unidades de Suporte Avançado (USA) e 58 Unidades de Suporte Básico (USB).

O CBMMG também apoiou as vans itinerantes do Plantão Integrado Acolhe Minas, em atenção às mulheres vítimas de violência.

Abuso de drogas e álcool

Em BH, houve 175 atendimentos pré-hospitalares, em sua maioria relacionados a abuso de álcool e drogas, sendo 162 realizados por brigadistas coordenados pela corporação e 13 atendimentos diretamente pelo CBMMG. Esses atendimentos diretos tiveram uma redução de 85% em relação ao Carnaval de 2024, ressaltando a eficiência do modelo de coordenação de brigadas, que otimizam a gestão do CBMMG para casos de maior gravidade.

No Estado, foram 54 atendimentos relacionados a uso/abuso de álcool e drogas, o que representa uma redução de 83% em relação ao carnaval de 2024.

Acidentes automobilísticos

Os pontos base em rodovias diminuem o tempo resposta e permitem um atendimento mais rápido em caso de necessidade. Foram 275 pontos base em rodovias, com o empenho de 828 bombeiros militares.

Em BH, foram 17 atendimentos a acidentes automobilísticos, o que representa uma redução de 15% em relação à média de 20 atendimentos na capital, desde 2020. Já em 2024, foram 10 atendimentos.

Em todo estado, foram 260 atendimentos a acidentes de trânsito, representando redução de 11% em relação à média de 293 ocorrências, desde 2020. Em 2024, foram 243 atendimentos dessa natureza.

Afogamentos

Os pontos base em balneários são uma ação de Gestão do Risco de Desastre e constituem uma medida de prevenção contra princípios de afogamentos e pronto atendimento a casos de emergência. Foram estabelecidos 266 pontos de prevenção aquática em balneários, 40 a mais que em 2024, com o empenho de 874 bombeiros militares.

Em BH, não houve atendimento de afogamentos, repetindo o dado do ano anterior. Já em todo o estado, foram registradas 9 mortes por afogamento. As ações de prevenção contiveram o índice de afogamentos, que se manteve igual à média dos últimos 4 anos, mesmo com o crescente público presente no estado, durante o Carnaval (7 afogamentos em 2024, 10 em 2023 e 9 em 2022).

Os afogamentos foram registrados nos municípios de Soledade de Minas, Ferros, Fronteira, Belmiro Braga, Olhos D’água, Coronel Murta, São Gonçalo do Abaeté, Itabira e Inimutaba.

Prevenção como carro-chefe

Em todo estado, a gestão do risco envolvendo o Carnaval de 2025 ocorreu por meio de ações de prevenção envolvendo pontos base em rodovias, balneários e locais de aglomeração de público, incluindo cidades históricas. Ao todo, foram 673 pontos base, com o reforço operacional de 2176 bombeiros militares. Em relação à segurança contra incêndio e pânico, foram 738 vistorias, garantindo que não houvesse registros de atendimento emergencial envolvendo edificações históricas, em Minas Gerais. Ainda o emprego de drones permitiu o monitoramento de público e áreas de risco, a identificação antecipada de possíveis emergências e a tomada de decisões do CBMMG, por meio do Posto de Comando da Operação Carnaval 2025.

Foto CG: Tiago Ciccarini/Sejusp