A Academia de Bombeiros Militar realizou, em cerimônia marcada por simbolismo e tradição, a entrega do Espadim Dom Pedro II aos cadetes do 1º ano do Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar (CFO BM), Turma Guarani. Durante a solenidade, madrinhas e padrinhos realizaram a entrega do espadim aos seus afilhados, em um momento de grande emoção.

O ato reafirma a credibilidade e a confiança que o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) deposita em cada cadete e evoca o legado histórico da arma, vinculando-a ao patriotismo, à bravura e à dedicação dos que se comprometem a proteger e salvar vidas, mesmo com o sacrifício da própria.

A comandante-geral do CBMMG, coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan, fez uso da palavra, ressaltando o marco histórico da Turma Guarani:

“A turma que hoje recebe o Espadim Dom Pedro II inaugura um marco histórico: é a primeira a ingressar por meio do novo concurso público que passou a exigir nível superior e assegurou a paridade de gênero nas vagas oferecidas. Esse avanço reafirma os pilares da meritocracia, da igualdade e da busca permanente pela excelência, consolidando um caminho moderno e justo para nossa corporação.”

Em seguida, os cadetes formaram o dispositivo para o compromisso ao Pavilhão Nacional, em que assumiram, perante a Bandeira do Brasil, o juramento regulamentar. Nesse ato, formaram a tradicional Cruz de Malta, símbolo internacional da boa vontade dos serviços de bombeiro e representação de valores como igualdade, fraternidade, generosidade e dedicação profissional.

A solenidade foi concluída com o desfile em continência à Bandeira Nacional e à comandante-geral do CBMMG, maior autoridade militar presente. O evento encerrou-se com a tradicional evolução do “fora de forma”, quando os cadetes, em movimento, compuseram a bandeira do Estado de Minas Gerais.

Tradição

O Espadim Dom Pedro II tem um significado maior que um objeto cerimonial: trata-se de um emblema carregado de história e valores. Sua origem remonta à Rússia, no período do Czar Alexandre III, quando era destinado aos príncipes do Império, que o portavam até estarem aptos a assumir o comando. Inspirado nessa tradição, o espadim brasileiro simboliza a disciplina, a lealdade e o espírito de corpo, atributos essenciais à vida militar.

A arma, constituída pela união harmônica do aço, ouro e marfim, representa a autoridade, a honra e a dignidade do cadete. Acompanha o futuro oficial em sua jornada de formação até a conquista da espada, símbolo do oficialato e da responsabilidade de conduzir homens e mulheres em missões em prol da sociedade.