Todo quartel que se preze precisa de um mascote e a maioria surge assim, do nada. Vão entrando, conquistando a simpatia dos militares que oferecem uma água, um pouquinho de ração, uma caminha confortável e, de repente, eles já estão dando ordens para acariciar a barriguinha. Mas o caso da Maju foi um pouco diferente e ela conquistou não apenas um cantinho, mas também o coração dos militares do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (3ºBBM).
Já faz parte da rotina diária dos bombeiros atenderem ocorrências de salvamento de animais em risco. Muitas vezes, cachorros e gatos que estão em uma situação perigosa e até curiosa necessitam de uma ajudinha dos amigos bombeiros para escaparem das “ciladas” em segurança. Já teve de tudo: cachorro preso no muro, com a cabeça no buraco, gato preso em serpentina ou pendurado em janela sem conseguir descer, cachorrinho preso em lata e bueiro, enfim, histórias curiosas não faltam.
Mas uma cachorrinha em especial chamou a atenção dos militares do Terceiro Batalhão de Bombeiros Militar, que fica localizado no bairro São Francisco, em Belo Horizonte. A cachorrinha que vivia perambulando pelo bairro, passou a visitar o batalhão e recebia o afeto e carinho de nossos militares.
Em uma de suas aventuras, porém, a cachorrinha acabou sendo atropelada, nas imediações da unidade. Os militares, de pronto, socorreram o animal e o levaram para uma clínica de atendimento veterinário, onde teve que passar por uma pequena cirurgia. Todo o tratamento e procedimento foi pago pelos militares que adotaram o animal e passaram a cuidar mais de perto da cadelinha.
O tenente Felipe de Oliveira Nunes conta que a mascote se ambientou muito bem: “a cachorrinha acabou absorvendo parte da nossa rotina operacional e inclusive fazia companhia aos nossos militares da sentinela e alegrava o plantão de todos correndo e brincando com os bombeiros no quartel”, explicou o oficial.
No fim das contas, o carisma da cachorrinha foi tanto que uma das militares do 3º BBM, soldado Gabriela Moreira Avelar, resolveu dividir seu lar com o animalzinho e a adotou, levando para sua casa a cachorrinha que tanta alegria proporcionou aos bombeiros do Guardião da Pampulha. Agora, Maju, como foi chamada, terá um lar e muito aconchego.
Já para os militares da unidade vai ficar as saudades dos gracejos, das lambidas e dos latidos de quem “cuidava da segurança” do quartel. Mas a certeza de que Maju estará bem cuidada, deixa os bombeiros tranquilos e mais motivados para continuar ajudando nossos amigos peludos quando se meterem em enrascadas.