A primeira turma do Curso de Qualificação em Salvamento Aquático realizou o encerramento das atividades com uma formatura na Academia de Bombeiros Militar (ABM), no dia 24 de março, após 17 dias intensos de treinamento.

O curso foi criado em 2020, com carga horária de 100 horas-aula com o objetivo de capacitar bombeiros militares para atuarem em diversos cenários de sinistros envolvendo salvamento aquático, que são característicos do nosso estado. Mas por conta da pandemia só foi possível a realização do curso neste ano.

Com a intenção de preparar melhor a tropa e com esses especialistas disseminar o conhecimento nas unidades operacionais, foi criado o Curso de Salvamento Aquático. A qualificação foi realizada em 17 dias e contou com avaliações práticas e disciplinas de resgate em enchentes e inundações, cachoeiras, piscinas, lagos e rios, matérias de prevenção e outras.

Um destaque do curso foi a aula inaugural que contou com a presença do principal especialista brasileiro na área, o médico e fundador da Sobrasa, David Szpilman.

Na formatura foram homenageados os primeiros colocados do curso, o comandante da ABM, tenente-coronel Anderson Passos de Souza, o chefe do Centro de Treinamento Profissional, major Rafael Neves Cosendey e os auxiliares do curso.

A importância da qualificação em salvamento aquático

Minas Gerais possui três grandes bacias hidrográficas que cortam o território e este cenário torna-se propício para as atividades aquáticas, de recreação e consequentemente para atendimento de acidentes e afogamentos. De acordo com dados do Centro Integrado de Informações de Segurança Pública (Cinsp-CBMMG), somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, foram registradas 336 ocorrências de salvamento aquático e mergulho, o que dá uma média de 5 por dia.

Outra realidade em Minas Gerais são as enchentes e inundações, principalmente no verão, que se tornaram ocorrências comuns atendidas pelos bombeiros mineiros e também em apoio a outros estados.