O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), através do 12º Batalhão de Bombeiros Militar (12º BBM), a Associação Mineira dos Municípios (AMM) e o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável (Cispar) impulsionam nova parceria para redução dos riscos de desastres e resiliência climática por um Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro mais resiliente.

Nos últimos dias, reuniram-se o comando do 12º BBM, o prefeito de Patos de Minas e presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão Ferreira, e o prefeito municipal de Presidente Olegário e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Alto Paranaíba (Cispar), Rhennys Cambraia, a fim de discutir e acelerar estratégias integradas para reduzir os riscos de desastres e medidas para resiliência às mudanças extremas do clima na região do Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro.

O presidente da AMM citou as últimas ocorrências de impacto na cidade e o desdobramento do trabalho integrado.

“Nos últimos anos tivemos grandes desafios em razão dos desastres de grande magnitude no município, como foram as três enchentes que assolaram o município de Patos de Minas. A expertise do CBMMG e a excelente parceria com o município, estruturada na Iniciativa da ONU MCR 2030 – Patos de Minas mais Resiliente, foi fundamental para que tivéssemos ações planejadas, organizadas e eficientes tanto antes das enchentes, como durante a resposta à sociedade e também na reconstrução rápida à normalidade”, explicou.

Ele também destacou a união entre os órgãos que compõem o sistema de proteção e defesa civil, através de um Comitê da Cidade Resiliente, incluindo as universidades, a sociedade civil organizada, a defesa civil e as várias secretarias do município, assim como um Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) emergencial para atendimento integrado e rápido à população, foram fundamentais para que tivéssemos menos prejuízos e mais vidas resguardadas.

Outro ponto importante foi o apoio do Ministério Público, Ele fundamental para que o 12º Batalhão de Bombeiros, a Defesa Civil de Patos de Minas e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com polo em Patos de Minas, fossem contemplados em um projeto de aquisição de uma estação meteorológica automática instalada na sede do batalhão, para alertas precoces à população local. Todos os municípios, grandes, médios e pequenos, precisam estar cada vez mais preparados para os desastres em razão das emergências climáticas.

 O trabalho exitoso realizado em Patos de Minas nas ações preventivas e de resposta a desastres, propiciou uma a citação pela ONU como exemplo de boas práticas realizadas. Agora, a ideia é levar esse projeto para mais municípios da região, principalmente os pequenos, através do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Alto Paranaíba (Cispar), a fim de expandir para mais consórcios no Estado.

Já o presidente do Cispar, destacou os benefícios de uma equipe multidisciplinar: “Pelo consórcio, poderemos estar disponibilizando uma equipe técnica para apoio aos municípios consorciados, capacitações e treinamentos para melhorias em ações de prevenção e resposta a desastres. Em parceria com o CBMMG e a AMM, também podemos realizar seminários e workshops para compartilhar conhecimentos na área de redução do risco de desastres e resiliência climática. Principalmente, os locais públicos mais sensíveis, como hospitais, creches e escolas, também são locais de atenção para prevenção de riscos, incêndios e pânico.”

Resiliência

Um acordo de cooperação técnica está sendo trabalhado para alavancar as ações de capacitação, treinamento, prevenção e resposta integrada a desastres e às emergências climáticas. Ainda prevê apoio técnico e parceria de vários órgãos, como universidades, defesa civil, municípios, iniciativa privada e outras partes interessadas, a fim de promover cidades mais resilientes, inclusivas, inteligentes, sustentáveis e seguras na região do Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro até o ano de 2030.

O CBMMG reafirma seu compromisso no cumprimento do seu Planejamento Estratégico e do Plano de Comando da Corporação para o aumento da resiliência a desastres dos municípios e a previsão de atuação em rede como uma política pública transversal cada vez mais fortalecida na agenda política, sobretudo junto aos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e órgãos da sociedade civil.