Governador Romeu Zema visita Operação Brumadinho após retomada

Início / Notícias Criado em: 03-09-2020 às 20h:32

Na última quinta-feira (27), após cinco meses de interrupção das buscas pelas 11 joias da tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) retomou as atividades, com o objetivo de continuar o esforço de resposta às famílias. Nesta quinta-feira (3), o governador Romeu Zema esteve na Base Bravo,  levando uma palavra de motivação à tropa.

A Operação foi parcialmente interrompida no dia 21 de março, por razão da rápida propagação da Covid-19 em todo o estado. Uma grande operação como essa, reunia centenas de pessoas de várias partes de Minas, considerando bombeiros, funcionários da Vale e terceirizados, potencializando dessa forma um ambiente com alta carga viral. Respeitando os protocolos estabelecidos pelos órgãos competentes, as atividades foram então parcialmente suspensas.

Após cinco meses de pausa e de várias tratativas com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e demais órgãos envolvidos, o CBMMG teve aprovado o protocolo que regulamenta a retomada da atividade de busca em Brumadinho para militares, resguardando práticas de proteção adequadas ao enfrentamento da disseminação da Covid-19.

Nesta quinta-feira (3), o governador Romeu Zema, acompanhado dos deputados estaduais Alencar da Silveira Júnior e Charles Santos visitaram a Base Bravo, valorizando o trabalho dos bombeiros e deixando uma palavra de motivação à tropa. Ele foi recebido pelo Comandante-Geral do CBMMG, Coronel Edgard Estevo da Silva e oficiais envolvidos na operação.

Em sua passagem pelo centro de inteligência da operação, Zema falou sobre a satisfação com a retomada: "é um prazer muito grande visitar a área de buscas novamente. Fico extremamente satisfeito que as buscas nesse período de pós pandemia sejam retomadas. Tenho mantido contato com os familiares e sei que somente eles sabem o valor de ter um funeral digno. É um sonho meu que a gente consiga resgatar essas vítimas que ainda estão aqui e darmos essa dignidade que todas as famílias merecem", ressaltou o governador. Ele também parabenizou os bombeiros pelo empenho desde o início do rompimento. 

Já o Coronel Estevo relatou que os bombeiros estão empenhados em cumprir a missão de dar continuidade a maior operação de busca da corporação. Ele também agradeceu ao governador pelo apoio desde o início e também pelo reconhecimento e atenção com a tropa. 

 

Interrupção parcial

No período de pausa provocado pela pandemia a operação não foi totalmente suspensa. Alguns militares do staff permaneceram no Posto de Comando, para a adoção de medidas necessárias para a futura reativação.

Durante os cinco meses foram implementadas ações de preservação e controle da área, tais como georreferenciamento, levantamento topográfico e identificação de todo o material, a fim de restringir possíveis dificuldades. Além disso, o terreno que apresenta considerável movimentação hidrológica, foi drenado para facilitar o trabalho de buscas junto ao rejeito no restabelecimento das atividades.

 

Números

Em 25 de janeiro de 2019, às 12h28, 10,5 milhões de metros cúbicos de rejeitos se rompiam na barragem Córrego do Feijão, desencadeando a maior tragédia do Brasil em termos de perdas humanas.

Nesse período, 259 vítimas foram encontradas/identificadas e 11 permanecem sendo procuradas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

Volume de rejeito: aproximadamente 10,5 milhões de metros cúbicos, o que equivale a cerca de 4,2 mil piscinas olímpicas de rejeito (uma piscina olímpica padrão tem 2.500 metros cúbicos). Com a quantidade de rejeito, seria possível fazer 4 pirâmides de Quéops (maior pirâmide do Egito, com volume de construção de 2.574.466 metros cúbicos)

A área atingida representa 10 quilômetros lineares e 32 km de perímetro da mancha. Isso equivale a 1,6 a área da Lagoa da Pampulha, por exemplo. Sem planejamento o sucesso da operação estaria fatalmente comprometido.

Efetivo: Mais de 3.614 bombeiros militares mineiros e de outros 16 estados, além de Israel, passaram pela operação até o momento, obtendo uma média de 130 militares por dia ao longo do período da Operação.

Tempo de operação: Mais de 5.296 horas de ações de busca e salvamento até o momento.

 

Atualização

Nesta terça-feira (02/09), equipes do CBMMG encontraram a caminhonete que aparece nas impressionantes gravações do dia do rompimento. O veículo estava na base da barragem e era procurado desde o primeiro dia. A localização é estratégica, pois  reforça o resultado do estudo feito pelo trabalho de inteligência da corporação e mostra que os militares estão no caminho certo para encontrar as joias restantes.